sexta-feira, 11 de março de 2011
Governança de código aberto: o caso do VLC no iPhone
Governança de TI usualmente é tomada no sentido de um conjunto de padrões e práticas assumidos pelos stakeholders da área de TI de uma organização e que conduz a melhor suporte, a decisões e a alinhamento da TI às estratégias da organização, por meio de melhores controles, processos de segurança, gerenciamento dos riscos e aplicação dos recursos disponíveis, entre outras disciplinas.
Quando se aproxima dos projetos de código aberto, a governança de TI se reveste de uma série de complicadores, devido à natureza dispersa (geográfica e organizacionalmente) como as estruturas de desenvolvimento e suporte costumam ocorrer, entre outros fatores.
Não é um desafio intransponível, desde que se tenha em mente os limites do controle que pode ser exercido a um projeto aberto – os desenvolvedores descontentes, ou parte deles, usualmente têm condições de “pular fora” levando consigo (para continuar desenvolvendo com outro nome) uma cópia completa do que em um projeto fechado seria propriedade inalienável da organização.
Essa possibilidade, descrita pelo nome de “o poder do fork”, é uma das grandes forças do modelo aberto quando se trata de oferecer garantias contra arbitrariedades que possam ser cometidas por alguma parte.
Outra das forças que atua no mesmo sentido é a autoria coletiva, modelo de propriedade e gestão do direito autoral adotado em diversos projetos de renome, incluindo o kernel Linux: nele o autor de cada trecho de código incluído no projeto retém os direitos autorais sobre o trecho que contribui, comprometendo-se apenas a honrar os termos do licenciamento escolhido para o projeto.
Com a autoria coletiva, torna-se virtualmente impossível mudar a licença inicialmente escolhida para um projeto coletivo. As únicas possibilidades práticas de isso acontecer são extremamente custosas, envolvendo abandonar ou reescrever os trechos de código que são de autoria dos desenvolvedores que não concordam com uma eventual mudança.
Geralmente ambas as forças atuam vigorosamente a favor dos desenvolvedores e mantenedores do projeto, mas há algumas situações em que o oposto ocorre, e elas merecem ser estudadas com atenção por quem pensa em dar início ou contribuir para um projeto de software livre.
O caso do VLC para iPhone
O VLC é um player de áudio e vídeo que dispensa apresentações. Presente em praticamente todas as plataformas operacionais hoje em atividade nos desktops, ele suporta grande variedade de formatos multimídia e, além de exibi-los, também é craque em convertê-los, transmiti-los via rede e muitas outras habilidades interessantes.
Mas a versão para iPhone (e iPad, e outros equipamentos que rodam o sistema iOS) é atualmente objeto de uma controvérsia intrigante: embora seus principais mantenedores (a VideoLAN Association) tenham apoiado o desenvolvimento de uma versão para o iPhone e o iPad, e ela tenha sido aceita e disponibilizada na App Store oficial destas plataformas no final de setembro, essa disponibilização não durou muito: no início de janeiro o VLC foi retirado do repositório pela sua mantenedora, que informou o motivo: conflito entre seus desenvolvedores.
Ocorre que tanto a VideoLAN quanto os desenvolvedores que fizeram o port para a plataforma entendiam que as vantagens de oferecer seu software livre para os milhões de usuários do iOS superavam os eventuais prejuízos causados pelos termos de licenciamento da App Store em questão, muito mais restritivos e incompatíveis com a licença adotada desde 2001 pelo VLC – a GPL.
Ao mesmo tempo, um dos desenvolvedores que já contribuíram código ao VLC ao longo dessa década de atuação do projeto, chamado Rémi Denis-Courmont, discordou e, na condição legal de co-autor do projeto, entrou em contato diretamente com a App Store notificando do que ele via como conflito dos termos de licenciamento, e pedindo providências.
A App Store que, ao contrário do que se aventou, não havia rejeitado o software devido ao seu licenciamento livre ou a oferecer uma funcionalidade que duplica (com melhorias, na minha opinião) a de um aplicativo que faz parte do iOS, não se fez de rogada quando notificada, e avisou que estava removendo o VLC de sua coleção, devido ao conflito entre seus autores.
Quem está certo e quem está errado? Tenho visto que há várias respostas diferentes, dependendo dos pesos que cada analista dá às questões do benefício aos usuários, da liberdade de escolha, da liberdade de software, do respeito ao desejo do autor individual, ou do respeito ao desejo da maioria dos autores.
Mas há duas dessas possíveis respostas que quero destacar, por terem relação com nosso tema de hoje.
A primeira delas é a questão do direito do autor: análises morais e de motivação à parte, as regras adotadas pelo projeto e a legislação dão ao co-autor Denis-Courmont pleno direito de objetar à distribuição do software que inclui o trecho contribuído por ele de maneiras que não atendam aos termos de licenciamento com os quais ele concordou.
E a outra é a das decisões de projeto que, uma vez tomadas, dificilmente mudam. No que diz respeito ao atual conflito, a mantenedora VideoLAN é apenas um terceiro interessado: juridicamente, as partes são o desenvolvedor descontente e os desenvolvedores que se envolveram no port para o iOS.
Estes últimos divulgaram que – juntamente com a VideoLAN – buscariam agir para impedir que este seja o fim do VLC para iOS. Até o momento, entretanto, a VideoLAN, assistindo ao que ocorre ao projeto que mantém, apenas pôde publicar uma nota lamentando o inconveniente causado aos usuários e se comprometendo a conversar com as partes para buscar uma solução rápida.
Um caso de estudo para os desenvolvedores
Este é um caso emblemático das consequências da escolha de uma forma de licenciamento: quando um projeto de software livre tem autoria coletiva, cada autor retém o direito de fazer o que Rémi fez: objetar sozinho à distribuição do software como um todo, quando considera que há conflito com os termos de licenciamento, com base nos direitos autorais sobre o trecho que contribuiu.
Essa situação fica mais evidente quando reúne alguns temperos extras, como o uso de uma licença que imponha restrições no estilo copyleft (caso da GPL), e a ausência de qualquer estatuto que limite a um desenvolvedor atuar sozinho sem representar o posicionamento da coletividade dos desenvolvedores envolvidos.
O que ocorreu com o VLC está exatamente dentro das regras escritas deste jogo do licenciamento: é assim que funciona, e nem foi a primeira vez: a disponibilização do jogo Battle for Wesnoth na App Store gerou uma situação bem parecida, mas com menos repercussão – possivelmente por não ser uma aplicação tão popular como o VLC.
Em retrospecto, os desenvolvedores do VLC poderiam ter agido de várias maneiras (no início de seu projeto) que evitariam esta situação. Duas possibilidades seriam:
* Ter escolhido uma licença livre sem as restrições no estilo copyleft, como as licenças BSD ou a Apache (evitando assim a situação de incompatibilidade com os termos da App Store, mas abrindo mão das características de reciprocidade da GPL).
* Ter adotado a prática, similar à da Free Software Foundation, de só aceitar contribuições de usuários se eles transferirem os direitos a uma entidade central (que aí poderia relicenciar, ou conceder uma licença especial, quando fosse o caso)
Ambas as alternativas têm seus riscos e suas vantagens, assim como há também vantagens em manter a autoria coletiva sob uma licença com restrições no estilo copyleft.
O importante é que a escolha de uma alternativa ocorra de maneira informada e racional para refletir as intenções de todos os integrantes.
Caso contrário, o risco maior é o de chegar a uma situação de impasse como esta, em que um único desenvolvedor tem pleno direito de brecar sozinho uma iniciativa bancada pelos demais integrantes do projeto, que em casos usuais poderiam ter a expectativa de poder tomar todas as decisões estratégicas sobre o projeto – e poderiam, se esse tivesse sido o acordo desde o início.
E como não dá de mudar a regra do jogo depois que a partida já está em andamento, e pode não ser possível convencer o desenvolvedor em questão a mudar de ideia, nem convencer a proprietária a mudar os termos de uso da App Store do iOS, no caso concreto agora o que resta é se conformar em não usar este canal de distribuição desejado pelos demais desenvolvedores, ou reescrever o aplicativo para retirar as contribuições do desenvolvedor que discordou.
*
Artigo publicado originalmente no blog do developerWorks
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Aniversário do Photoshop
10 de fevereiro é aniversário do melhor amigo da mulher, o Photoshop.
São 20 anos em 11 versões.
O Webdesigner Depot escreveu uma matéria bem legal. Vale conferir.
Abajur ajustável do Homer Simpson
Abajur usb ajustável do Homer Simpson, iluminar o teclado do notebook com um desse seria demais, ele tem 4 leds e você pode ajustar a direção como quiser =D
onde comprar
fonte: http://euqueru.net/
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Apple confirma tablet indiretamente
A Apple se mostrou bastante incomodada com a "caça ao tesouro" que o site Valleywag.com anunciou, oferecendo prêmios em dinheiro por imagens, vídeos ou a oportunidade de brincar por uma hora com o iTablet, o gadget sobre o qual todos falam, menos a Apple. Ou melhor, não falava, porque, através de uma nota enviada à Gawker Media (proprietária do Valleywag.com), ela praticamente confirmou, de maneira indireta, a existência do famoso tablet.
A empresa de Steve Jobs exigiu que a Gawker Media retirasse a oferta do site e, caso recebesse qualquer tipo de material confidencial, que informasse imediatamente a Apple e não o publicasse. Se a Gawker Media não cumprir essas exigências, a Apple ameaça processá-la. Na comunicação enviada, percebe-se que a Apple fala muito sério, e ela deixa claro que está protegendo os seus "segredos comerciais". A questão é que seria de se estranhar que uma empresa tomasse essa postura para proteger segredos de um produto que não existisse.
A própria notificação está cheia de indícios da existência do iTablet, mesmo que ele jamais tenha sido referido por esse ou qualquer outro nome - é referido apenas como "um produto não-anunciado e altamente confidencial"
fonte: http://imasters.uol.com.br/noticia/15582/gadgets/apple_confirma_tablet_indiretamente/
A empresa de Steve Jobs exigiu que a Gawker Media retirasse a oferta do site e, caso recebesse qualquer tipo de material confidencial, que informasse imediatamente a Apple e não o publicasse. Se a Gawker Media não cumprir essas exigências, a Apple ameaça processá-la. Na comunicação enviada, percebe-se que a Apple fala muito sério, e ela deixa claro que está protegendo os seus "segredos comerciais". A questão é que seria de se estranhar que uma empresa tomasse essa postura para proteger segredos de um produto que não existisse.
A própria notificação está cheia de indícios da existência do iTablet, mesmo que ele jamais tenha sido referido por esse ou qualquer outro nome - é referido apenas como "um produto não-anunciado e altamente confidencial"
fonte: http://imasters.uol.com.br/noticia/15582/gadgets/apple_confirma_tablet_indiretamente/
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
O iMasters InterCon 2009, evento sobre business, tecnologia, criação e inovação, que ocorre dia sete de novembro, em São Paulo, acaba de confirmar a participação de quatro palestrantes internacionais, além de mais de 40 personalidades nacionais. No encontro, cada um dos auditórios terá a curadoria de profissionais referências do mercado nacional, palestras curtas, interação com a platéia e intervalos para experimentação e apresentação de novas tecnologias. A área externa terá uma atenção especial, com foco na sensorialidade e no networking.
Charles Leadbeater, autor do livro “We Think”, conversa com o público, das 09h40 às 10h40, no espaço Novo Olhar Digital, que conta com curadoria de Gil Giardelli, da Permission. Leadbeater defende teorias sobre inovação que levaram a algumas das maiores organizações mundiais a repensarem as suas estratégias.
Na parte da tarde, das 15h30 às 16h, Matías Feldman, CEO da Workrooom, fala sobre Cross Talent - Auto-organização e criação interativa, no ambiente Inovação e Empreendedorismo Digital, com curadoria de Luli Radfahrer, da USP. Feldman atende clientes como Coca-Cola, Telefônica, Wal-Mart e FIAT e é organizador da edição brasileira do Crosstalent, encontro mundial e auto-organizado de criação interativa.
Já no ambiente Mobilidade, das 16h10 às 17h00, Angel Aldana, gerente sênior de Alianças e Soluções da RIM para América Latina, fala sobre A Revolução das “Application Stores”, com curadoria de Fabio Cardoso, do EI Mobile. Aldana é responsável pelo recrutamento de novos parceiros de negócios para serviços relacionados a Treinamento, Instalação, Suporte e Desenvolvimento de Aplicações na plataforma BlackBerry.
No mesmo espaço e logo na sequência, das 17h às 18h, Jeff Arbour, vice-presidente de Integração Mobile da Hyperfactory, discorre sobre a Realidade Aumentada no Celular. Recentemente, Arbour ajudou a definir estratégias e ações domésticas e globais para marcas como Toyota, JCPenney, Motorola, DHL e Wendy's.
Além das quatro palestras internacionais, o iMasters InterCon 2009 terá em sua programação palestras ministradas por 47 personalidades nacionais, tais como Raphael Vasconcellos (Agência Click), Marcelo Castelo (F.biz), Terence Reis (Wunderman), Cristiane Higashi (Gemalto), Guilherme Chapiewski (Globo.com), Paulo Henrique Amorim (Record), Cazé Peçanha (MTV e Gengibre), Maurício de Souza (Turma da Mônica), Marcelo Coutinho (Ibope Inteligência) e Vivianne Vilela (Sebrae).
Serviço
Evento: iMasters InterCon 2009
Data: 07 de novembro
Horário: das 9h às 18h
Local: Hotel Renaissance, em São Paulo
Endereço: Alameda Santos, 2233
Informações: (11) 3034-4662
www.intercon2009.com
Pendrives Para Todos Os Gostos
Com a onda do USB, os designers não poderiam deixar de incluir os mais úteis dispositivos portáteis em suas criações. O que se tornou útil e totalmente necessário para quem está no meio digital, passou a ser alvo das mais diversas criações, algumas divertidas, outras bizarras.
A empresa americana Mimoco desenvolveu pen drives divertidos com capacidade de 1 a 4 GB, os quais foram apelidados de Mimobots. A linha inclui vários monstrinhos e bichinhos coloridos, além de personagens do Star Wars e Happy Tree Friends. Além destas opções, também pode-se criar monstrinhos personalizados.
via: designatento.com
domingo, 4 de outubro de 2009
PC Rides - O Desktop com 4 rodas. E faróis.
Esse é o PC Rides Dodge Charger SRT8 PC, licenciado oficialmente pela Chrysler, e é vendido nas cores vermelha, amarela, preta, prata, azul, azul água, "ameixa louca"(seja lá o que isso signifque), e Hemi Orange (que é o nome do laranja do modelo de rua mesmo) e custa bem menos que um carro de verdade - de US$ 1850 a US$2495 - um preço absurdo, ainda mais no mercado americano para um desktop!
Oferece saidas HDMI, DVI, 6 USB e o drive de DVD fica embutido no para-choque dianteiro. O modelo mais caro, de 2495 dólares, tem processador Intel Core2 Duo de 2.53ghz. Nada que justifique o preço absurdo.
via: techguru.com.br
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